segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Sonhos

Enquanto com olhos abertos,
tua imagem se projetava
no meu coração fechado,
meu corpo dormia inerte.
Indiferente a teus movimentos,
distante do calor do teu ventre,
alheio aos teus olhos de tempestade.
Tua boca comprometedora
criava oásis mentirosos.
Teus cabelos, como garras,
se emaranhavam no meu ser.
Não havia calor em teu cheiro,
nem vida em tua respiração.
Eras apenas uma imagem nebulosa,
de um tempo que jamais saberei se existiu...
em que eu flutuava sobre nós
pensando onde existíamos,
se nas minhas memórias
ou em meus pensamentos vãos.
Ou ainda, se eras quimeras

ou apenas sonhos de um poeta.

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