Um amigo disse isso: “Nós
seduzimos pela nossa complexidade.”, achei maravilhosa essa visão que ele tem
de nós, de mim e dele, mas não sou ingênua, ou egocêntrica demais para crer que
esse nós se resume a eu e ele, não, acredito que várias pessoas seduzem pela
sua complexidade, mas, o complexo em algum momento se torna destrincado.
Como manter então a relação? Difícil
saber, se usamos nossa complexidade com o fim de seduzir, de aproximar, se no
fim não sabemos manter. Uma boa pedida talvez – não aprecio contundência,
prefiro a dúvida, as múltiplas possibilidades – seja pensar no que nos motivou
apresentar tão claramente o que aqui chamarei de “nossos labirintos íntimos”.
A paixão, o desejo, o prazer
deve partir, a princípio, de nós para nós mesmos, porque é nisso que consiste a
nossa complexidade, é isso o que faz com que as pessoas se aproximem de nós,
que nos achem atraentes. Não são nossos olhos lacrimosos e pedintes que as faz
permanecer ao nosso lado, é a nossa força vital, a nossa fé em nós mesmos!
Nós nos perdemos dentro do
outro, por isso deixamos de ser complexos, por isso os afastamos da nossa
essência. Dois corpos não se fundem, não seremos um só jamais!!!!! Entender e
aceitar isso é essencial, é tarefa dificílima, às vezes só nos damos conta
disso no momento em que já é tarde demais.
O sol se põe, o amor também,
mas o sol jamais deixa de existir, nossa complexidade também não, desde que
seja bem administrada, gota a gota, dia a dia, semana após semana, até que
Chronos decida o que fazer de nós.
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