Em que
momento da vida nos perdemos dentro de alguém de tal maneira que mal
conseguimos voltar para nós mesmos? Quando é que nos entregamos tanto a ponto
de não saber mais quem somos?
Estamos
tão acostumados a estar juntos que não sabemos o que fazer nos nossos momentos
de solidão, nos momentos em que o outro também quer estar só. Somos invadidos por pensamentos pequenos e
mesquinhos, nos sentimos rejeitados.
Aceitar
que dois corpos não se fundem, como nosso romantismo gostaria, é difícil, mais
difícil ainda é perceber que também queremos ter nosso espaço, que também
queremos ser um pouco livres. Conceder ao outro o que temos e queremos, mais
ainda, que isso é natural, é maravilhoso.
Caríssimos,
deixem de lado, pelo bem geral da relação (não pude me conter, tinha de fazer
esse trocadilho barato com “o bem geral da nação” rs) algumas ideologias,
como a de que se o companheiro/a te ama de verdade ele/a, quer ficar com você
em tempo integral, caso insistam nisso, tenho algo a lhes mostrar.
Coloque
200 ml de água em um copo, redondo, repita a mesma operação em um copo
quadrado, por fim, use um belo copo enviesado. Perceberão que os mesmos 200 ml
de água continuam lá, mas em formatos diferentes.
Pode-se
exercer poder sobre o outro, claro, mas ele encontrará uma maneira de se
adaptar a isso sem sofrer perdas, pode acabar encontrando outra pessoa que o
compreenda sem que com isso tenha que romper o laço que o une ao ser amado,
porém dominador.
A
menos que se queira passar por essa difícil situação, é bom rever alguns
conceitos.
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